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Poesias-->TANTO TEMPO -- 20/01/2003 - 18:55 (José Reynaldo Galasso) |
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TANTO TEMPO
Não me deixe tanto tempo assim
Sem notícias suas que me esvaio
Mande ao menos poucas palavras
Na voz do vento ou na luz do raio.
Não me deixe assim que não me agüento
Cada dia, cada hora é um tormento
Contorço-me na sofreguidão do tempo
Que passa lento, dolorido e modorrento.
Dá-me notícias suas, razão para meu dia,
A areia não escorre mais como escorria
Pinga mansamente e sem firmeza
Entre lembranças velhas sobre minha mesa.
Mande-me um pouco do som da voz
Cantando para mim, contando-me de nós,
Palavras rabiscadas ao acaso
Sem as quais, por muito tempo, me arraso.
Não se esqueça nunca deste menino
Apresentado a você pelo destino
A quem agradeço dia e noite, noite e dia
Falando de você em cada poesia.
Você me prende com seus braços longos
E seu carinho mesmo que distante.
Peço aos deuses que me façam um dia
Seu ardoroso e fiel amante.
Nas noites frias é que eu mais sofro
Com sua imagem linda pela frente
Saudade é uma aranha prata
Tecendo triste teia dolorosamente.
BSB14012003
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