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| Poesias-->NEGRO CIÚME -- 21/01/2003 - 07:23 (MARIA HILDA DE J. ALÃO) |
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Tão negro como a morte que vagueia,
tão fatídico...estrela de brilho odioso,
que transforma sua luz em mal espantoso,
é o ciúme, que aos amantes rodeia...
Desterra, prendendo as almas em vil cadeia...
Mostra a monstruosa face em tom afrontoso...
Às vezes engana, diz que se sente ditoso,
quando na verdade, matar é o que mais anseia...
Cria profundo poço que jorra lama de amargura,
faz que um dos amantes seja um sádico, malquisto,
e, ao outro, habituar-se à presença da desventura...
Esquecer-se da felicidade, fazer o mal sem ser visto,
pensar que tudo na vida é negro como a noite escura,
e que na vivência a dois é normal, pois o mundo é isto...
Assim é o negro ciúme...
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