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Poesias-->dias profundos - outros poemas -- 23/01/2003 - 11:15 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
I

ontem vi um homem sentado numa calçada discreta,

parecia não querer nada da vida,

ele, sem disfarçar a alegria,

começou a pedir esmolas.;

das tantas desatenções,

a única que o magoou foi quando

uma criança, ao sair do carro importado,

gritou-lhe a plenos pulmões:

“vai te fuder, seu verme!”

os dias são maus até para os mendigos...



II



era assim que eu te via:

amiga, discreta e doce.

mas, no decurso das horas,

fui descobrindo que os interesses

de cada um às vezes despreza a amizade.

ficou pra trás o tempo em que, à beira-mar,

eu e você, minha antiga companheira,

compartilhávamos nenhuma certeza

e todas as dúvidas que há no mundo.



III



somos o verso daquilo que é sagrado

por isso sentimentos profanos nos perturbam,

ontem, por exemplo, quis rasgar teu corpo

com minha língua para deixar-te morta de prazer.





IV



só nas flores há ternura

só nos ventos há romance

pois no olhar da despedida

resta a dor que sempre dura.





V



que seja o mar em sua revolta

o símbolo daquilo que sonhamos:

juventude que transgride as normas

e salta os graus da intolerância.



que seja o céu de inquietude

a marca de mentes que desbravam

o tempo e a vida em suas regras,

quando tudo quer ser claro e nítido



que as ruas em sua turbulência

sejam o reflexo de jovens sem destino

e o eco das vozes dos que cansam

na dura luta contra a tirania.



que venham a ser os meus amigos,

os mesmos com quem brindei a vida,

pessoas de quem o mundo se orgulhe,

não por sua honra, pela rebeldia e só!



VI



quando eu morrer, o mundo nada perderá,

e as lágrimas que por mim se derramarem

serão inúteis sementes para um solo impenetrável.

nem mesmo as palavras que sofridamente forjo,

e os gritos que minha loucura sufoca,

saberão da glória ou do escárnio

que a mim um dia chegará.

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