Usina de Letras
Usina de Letras
24 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63260 )
Cartas ( 21350)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10691)
Erótico (13594)
Frases (51780)
Humor (20180)
Infantil (5606)
Infanto Juvenil (4953)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141319)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6358)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->O CULTIVO -- 24/01/2003 - 01:43 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Planta-se morte como quem admira canários:



antes o canto, depois as gaiolas.



Cultiva-se a morte como quem cultiva um amor,



pérola ordinária



a dourar a consciência do homem.



Identifica-se a morte como quem classifica um



legume.



A semente pode ser ponto de bingo,



conta de colar,



confete.



Prepara-se a morte como quem apronta terra e



mar



até que o morto desabroche



e morrendo em flor preceda,



um cortejo de pássaros,



o séquito das ostras,



e a opulenta procissão



adornada por verduras frescas.



Aguarda-se a colheita da morte



e se arma a estufa celeste



ambiente sob controle,



embora o morto indiferente,



não obstante dentro do ataúde,



bem encontra a sua forma final,



de fungo enclausurado.











Do livro "BORBOLETAS NOTURNAS NÃO EXISTEM"







E-mail do autor: phcfontenelle@gmail.com



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui