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Poesias-->20. LUVA DE PELICA -- 26/01/2003 - 09:02 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A tarde que termina com poema

É tudo o que se pede, num bom tema,

Em que a justiça e a fé se complementam.

Se trova se fizer com muito amor,

Periclitante o verso, quanto for,

Os nossos bons leitores sempre agüentam.



Se nosso Pai do céu nos reservou

(E este é pobre exemplo que lhes dou)

A perda de quem muito nós amamos,

Vamos pensar que, um dia, cá no etéreo,

Encontraremos doce refrigério:

Produzem muitos frutos estes ramos.



Façamos curta a espera e estudemos.

Nas águas do dever, os toscos remos

Calejarão as mãos de quem trabalha.

Ao ocupar a mente o sentimento,

Exige que haja dor cada momento,

Perdendo-se, por ócio, tal batalha.







Ergamos forte muro, p’ra defesa

Do amor, do bem, da luz e da piedade,

Sem suspeitar que Deus se desagrade,

Por sermos pobrezitos, nesta mesa.



Não faça por favor, por caridade,

Mas tenha, na virtude, tal firmeza,

Que o coração não julgue ser proeza

A justa comoção que a alma invade.



Juntos, havemos de chegar ao Pai,

Pois, nessa hora, a lei que sobressai

É da fraternidade universal.



Para fazer que a hora mais se apresse,

Vamos rogar-lhe a bênção, numa prece,

Consolo de esperança inercial.







Premissa de trabalho, a caridade

Deverá ser total, pois persuade

Que a dívida é recíproca, afinal.

Quem pode nos dizer que é filho único,

Fenômeno do etéreo, mediúnico,

Em parto de um acaso virginal?









Geração espontânea não existe,

Se existiu, isso é coisa do passado.

Hoje em dia, ao nascer, já foi gerado

E, se nasce, é que muito, muito insiste.



E o que faz ao nascer? Lança o seu brado,

Como o pássaro, exige o seu alpiste.

Adulto, nos aponta o dedo em riste,

Que fiquemos quietinhos, deste lado.



Mas o dia, o tal dia chega e o leva

E o transforma em espírito de gente.

Sendo mau, nada enxerga em meio à treva.



Continua o berreiro ensurdecente,

Inda mais, pois faz parte de uma leva.

O que quer? Reencarnar, naturalmente.









O bulício do povo é mesmo triste.

O coração da gente não resiste

E corre p’ra ajudar o sofredor.

Paciência, se não der sua atenção:

Cumprimos, parcialmente, a obrigação,

Em versos muito pobres, sem valor.



Um dia, a nossa rima frutifica

E a luva desse tapa é de pelica,

Que o belo nos disfarça a opinião.

Palavras desusadas geram clima

E a recriminação logo sublima

O sentimento nobre do perdão.



No fundo, tudo é sempre muito igual:

Há que fazer o bem, jamais o mal,

Que o reino do Senhor é a perfeição.

Se a nossa inteligência não permite

Saber onde se põe o seu limite,

Que sirva a caridade à salvação.



No fim, eu me encontrei comigo mesmo,

Porém, já não caminho mais a esmo,

Pois o meu rumo agora está traçado.

Jesus é que me pôs no bom caminho

E me conduz, na vida, com carinho,

Dizendo que o poema está de agrado.



Perturbarei o povo se disser

Que a rima que versejo é de colher

Para afastar quem gosta da matéria?

É que, ao fazer a trova, bem comprovo

Que, na linguagem simples, mais “estrovo”,

Pois toda ajuda é triste, na miséria.



De qualquer modo, dei o meu recado.

É pena se juntei mais um pecado

Aos tantos que somei durante a vida.

Valei-me, bom Jesus, na hora extrema

Em que devo fechar este poema:

Chave do amor que trouxe para a lida.



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