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Poesias-->tola -- 27/01/2003 - 22:51 (maria da graça ferraz) |
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Tola
gracias de lunna
Eu sou tola. Tola. Tola.
Porisso, tudo que me
resta é ser poeta
Outro dia, tu vieste
a me perguntar de onde
saem as idéias tantas
Pois te respondo:
Sou tola. Tola. Tola.
E só poeta sabe sê-lo
com honra. Sim, tola e tonta!
Por crer no amor, na justiça
Sou tola! Sem-vergonha!
A justiça termina onde
partem os negócios
Amigos hoje recebem
o nome de sócios
Amores são parceiros
de uma sociedade limitada
Mundo hipócrita! Humana cegueira!
Será assim que os deuses julgam?
" Quanto tu me dás, Criatura?"
Direi : " Sandices, senhor.
Tolices. Versos. Amor, eu dou.
Estão aqui na minha mochila"
E eles rirão do meu ridículo?
" Pois esta é tua insígnia,
poeta tola. A bandeira rota
que desfraldarás com galhardia
pela eternidade. Será a voz
dos desvalidos e dos tristes espíritos
que gritam nos calabouços
perdidos em meio as trevas
Teu destino está na tua boca.
Canta. Declama. Fala. Berra.
Tua glória é também tua miséria
E, quando tu passares, os ímpios
falarão: É ela! Tola! Tola!
Confirma o dito e ria
Não impeça tua atmosfera
Dá-lhes o ridículo de brincar
a alegria que não sentem
mais. Dá-lhes o júbilo da
tua paz. Atira-lhes a magia
do espaço que os espera.Lança
tua poesia de um púlpito
feito de aves e de flores.
Dá-lhes a música...a dança...
a esperança...a riqueza simples
que teus olhos descobrem
nas tolas crendices que desprezam
Mata-te à cada verso como
quem reza e não sente mais dor,
indiferente à ilusão da vida
És filha do céu.
Na terra, maldita
Tola digna- Teu outro nome
é..."Amor"
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