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Poesias-->Cidade Mansa -- 30/01/2003 - 04:00 (Celso Brasil) |
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Em minha mente, um quadro
De alegria e de esperança
Pintou-se quando cheguei
Naquela Cidade Mansa
E disse aqui voltarei.
Aqui, já fui criança.
Estive, naquele lugar,
com muita gente humilde.
Gente, que na calçada se senta,
Ouvindo estórias incríveis
Nas velhas cadeiras trançadas
Da sábia dona Matilde.
Ali tudo versa à beleza,
Cada encontro na cidade
É um recital de pureza.
Cada um... um universo
De contos com certeza!
E cada conto é um verso.
Vivendo o sentimento
De paz e fraternidade,
Cada visita é um momento
De muita grandiosidade,
Porque nada ali é pequeno!
Sublime é a comunidade.
O sol já dorme profundo,
Despertam-se os seresteiros.
É coisa do outro mundo!
São dois quarteirões inteiros,
Cantando e soltando juntos
Versos d’alma dos violeiros!
Transporto-me no tempo...
Moleques brincando na rua
E uma que pela calçada
Até no andar se insinua!
Disseram que era errada!
Não era nenhuma pura.
Alguém doente ou mal
Não ficava ali esperando
Iria a dona Palmira
Que com seu ramo rezando
Benzendo tirava a ira
Do que estava perturbando.
Gente sabe ser gente
Na minha cidade perfeita.
Meu peito relembra contente,
Essa comunidade eleita
Que não se prendia à corrente
A qual o mundo nos sujeita
Se me bater o desespero,
Eu pego a mala e viajo!
Viajo um dia inteiro!
E volto a ser criança,
Naquela Cidade Mansa,
Até o dia derradeiro.
Celso Brasil ©
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