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Poesias-->Faces da Noite -- 30/01/2003 - 04:14 (Celso Brasil) |
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É noite... escura até que a aclarem...
A lua volita em sua madrugada
Imagens em minha mente descabem
Enquanto é raio de luz apagada
O homem usando a mulher que o usa
Colados tornam-se num grande nó
Hoje unificados nesta volúpia difusa
Amanhã cada um tornará a ser só
Desejos em coro formam uma só voz
Neste calor mergulha um coração displicente
E um peito entrega-se ao amor algoz
E condenam a magia da lua sumariamente
Boêmios cantam, e bebem, e abraçam
A ilusão de que a amizade ali existe
Embriagando conceitos embaraçam
Sonhos antigos e a dor que insiste
Aos maus os inermes se entregam
Cães ladram e quebram a calada
O que o trabalho e suor conquistaram
É arrebatado... súplica ignorada...
Um louco de amor uma louca procura
Talvez culpa da lua de luzes impotentes
A louca quase nua pela via escura
Não é enxergada... permanecem carentes
Um nasce enquanto o dia se dorme
Bocas em risos celebram o ocorrido
Um outro parte nos braços da morte
Deixa na noite um som choro-gemido
Crianças dormem em suas inocências
Com toda pureza porque crianças são
Doces invenções do PAI, conseqüências
De tesões passageiros ou amores então
No breu, paixões constróem castelos
E amores disformes por si desconcebem
Na noite limpa de sonhos tão belos ou...
Na noite suja dos que se empobrecem...
Nessa galeria de loucas veras hipóteses
Demente é a vida e a mente não é sã
Mas tudo acaba com o sol, todas as vezes
Descortinando-se em forma de manhã
Celso Brasil ©
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