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Poesias-->Passagem sob o Arco -- 30/01/2003 - 04:33 (Celso Brasil) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
... então passei sob o arco do portão.

No espaço do silêncio frio caminhei.

Nada tirava a calma da imensidão

De invisíveis sonhos que, ali, notei.



Perplexos mármores empalidecidos

Pela saudade lancinante deixada

Por tantos seres visitantes, vivos,

Que dor e pranto não lhes negaram.



Lápides mostravam, umas às outras,

Palavras em versos com rimas ricas,

Antitéticas, Amor e Dor e frases loucas

Escritas em duras horas martíricas.



Às saudosas ausências presentes

Tristes estrofes compunham de um poema

De lástimas, de despedidas recentes

E antigas, insistindo num mesmo tema.



O verbo calado de cada ausente

Descrevia histórias de vida e amor,

Deixando claro a todos presentes

Que aqui deixaram angustia e dor.



Em mudas narrações descobri verdades

Do poderoso que construiu um império

De honras, e glórias, e majestades

Que não cabiam num cemitério.



A inocente criança que os pais deixou,

Sem tempo de construir nada sequer,

Desprovida de bens, ali plantou

Invisível obelisco de amor e fé.



A mulher que, como semente se plantou

Em vasta câmara por granito protegida,

Foi mãe extrema e sua história marcou

Para a posteridade, com carinho, escrita.



E tantas passagens estão arquivadas

Na enciclopédica história universal.

Se pudéssemos deixá-las todas publicadas,

Que bons exemplos teríamos no cabedal!



Falhos cônscios humanos viventes!

Por que não colhem exemplos do mundo,

Se o PAI coloca todos tão evidentes?

Por que ao bom verbo permanecem mudos?



Esperam o dia em que tudo expira?

Esperam o tempo que finge não passar

Ou esperam advir a fatal e grande ira

Que os fará, sob aquele arco, atravessar?



Celso Brasil ©

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