Usina de Letras
Usina de Letras
12 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63527 )
Cartas ( 21356)
Contos (13309)
Cordel (10366)
Crônicas (22590)
Discursos (3250)
Ensaios - (10780)
Erótico (13603)
Frases (52015)
Humor (20212)
Infantil (5654)
Infanto Juvenil (5010)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141416)
Redação (3380)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2445)
Textos Jurídicos (1976)
Textos Religiosos/Sermões (6396)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->O NOCAUTE -- 06/02/2003 - 13:09 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Após o nocaute,

tu foste o beijo na lona.

Deixaste a dor envolver-te,

rompeste os cordames do corpo.

Tu, o lutador após o nocaute,

viste nascer flores em supercílios cortados,

nervos penetraram a terra,

e concentrado em um queixo de vidro

enfim estilhaçado,

também fragmentaste a ti mesmo

e regrediste nas categorias do boxe.

Classificado como peso galo,

chegaste ao pena,

ao mosca,

a leveza,

suor evaporado da tua luva de pugilista.

Então assimilaste a queda

- enquanto outros gongos soaram

e um espasmo comovente

saiu do teu peito asfixiado -

como um triplo mortal rumo aos arrabaldes do

mundo

e gritaste:



“Não há mais protetores bucais!

Grandes são os tablados!

Grandes são os tablados e as plateias.”



Mas não foi por isso somente

que o povo aplaudiu

ao acordaste longe,

dentro da massa que se desfazia sobre o piso

e entre duas sapatilhas

brilhando para os teu olhar submisso.







(38)



Do livro "BORBOLETAS NOTURNAS NÃO EXISTEM"

Leia os outros poemas do arquivo. Obrigado

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui