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Poesias-->Reminiscências de Fotografia -- 07/02/2003 - 16:37 (Lua Azul *H*) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ao folhear velho escrínio do passado,

Coisas rotas, antigas, sem valor,

Encontrei um retrato descorado

Do meu primeiro e mais sincero amor.



Amarrotado, esquálido, velhinho,

Pelos anos que então já existira,

Eu o guardei com o máximo carinho

- Tangendo as cordas mágicas da lira.



Vibrai, ó cordas, e tornai presente

Todo um passado que me faz saudoso.;

À sombra dele viverei contente,

Cantando as glórias desse amor ditoso.



A recordar, revejo a mocidade,

Os àureos tempos que sonhei na vida,

As ilusões daquela tenra idade,

A estrada azul de rosa florescida...



Vejo a menina que eu amei outrora,

Toda de branco, pura, sedutora,

De rosto luminoso como aurora,

De fita verde à cabeleira loura.



Sinto, depois, ecoar em meu ouvido

As juras do odílio encantador:

- "A minha vida és tu,meu querido,

és meu amor, meu verdadeiro amor"...



Vejo-a agora, a correr pelas campinas,

Atrás das borboletas multicores.;

E após, em meio a um grupo de meninas,

Ouvido histórias de infantis amores.



Ora a escuto a dizer meus versos velhos,

Ora a contemplo a decorar os novos,

Como se lesse trechos de evangelhos,

Ou velhas lendas de remotos povos.



Vejo-a, logo em seguida, diferente,

Lívida a face, ou verdes olhos baços...

Minha alma se transforma de repente,

Meu coração se parte em mil pedaços.



Morta, tão branca, inanimada e fria,

As níveas mãos cruzadas sobre o peito...

As velas choram de melancolia,

Gotas de luz sobre o funéreo leito.



Olho o retrato, rememoro a cena

Mais dolorosa a que assisti um dia.;

O último instante do expirar de Andresa...

- Reminiscências de fotografia...
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