LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->36. ESTOU ATENTO -- 11/02/2003 - 06:49 (wladimir olivier) |
|
|
| |
Temer a morte é próprio dos mortais.
No etéreo, se requer um pouco mais
De quem deve partir p’ra nova vida.
Os planos de reencarne são perfeitos,
Mas devem ser cumpridos os conceitos,
P’ra que não volte a Alma arrependida.
De que vale o conselho p’ros terrestres?
É para que bem saibam que seus mestres
Os trazem com freqüência bem alertas.
Não há como mentir aos instrutores,
Na hora de enfrentar as rudes dores,
Por ter aos vícios portas sempre abertas.
Quem quer fazer melhores exercícios
Não poderá deixar quaisquer resquícios
Do mal que antigamente o deleitou.
Havemos de curtir uns desenganos.
É por isso que somos bem humanos:
Melhorará quem nos disser: — “Estou!...”
Se a alma estiver contaminada
Por males que a deixaram estagnada,
Em épocas remotas e de horrores,
Será possível que cometa crimes,
Antes de compreender como sublimes
As asperezas perenais das dores.
Um filho, ao matar a mãe e o pai,
Não sabe quanta dor enfrentar vai,
Quando entender toda a extensão da lei.
Jesus nos disse apenas para amar.;
Com o Pai, insistiu p’ra perdoar.
Ninguém pode dizer: — “Isso eu não sei!...”
Os males que se fazem todo dia
Não caberiam em qualquer poesia,
Por mais macabra e triste possa ser.
Por isso, nós lembramos o tal crime,
Que só um grande amor salva e redime:
Na glória do Senhor, há tal poder.
Havemos de rezar por quem se esquece
De que o ódio se apaga com a prece
Que Jesus ensinou há dois mil anos.
Ponha você nas mãos alguma adaga
E veja se, com ela, alguém afaga:
Pois essa é a sensação dos desenganos.
Estremeci apenas ao lembrar
De estar do criminoso no lugar,
Tão longe está de mim tal tropelia.
Quisera que o amigo que me lê
Entenda quando falo com você,
Nestes trejeitos fracos de poesia.
Temer a morte é próprio dos mortais,
Se os sentimentos não se exercem mais,
Conforme o ensinamento de Jesus.
Os planos do reencarne são perfeitos.
Por que fazer dos vícios seus eleitos,
Se é das virtudes que nos vem a luz?!
Aqui, no etéreo, também nós sentimos
Quando não dão os pais aos filhos mimos,
Gerando só rancor e frustração.
É certo, então, que existirá cobrança,
Mas resta, em nossos corações, esp’rança
De ser a caridade a salvação.
Esteve a nossa rima, hoje, infausta,
Que a mente humana, às vezes, fica exausta
De tanto ver sofrer os companheiros.
Vamos rezar ao Pai com descortino,
Dizendo, em plena fé: — “O vosso ensino,
Um dia, há de tornar-nos bons obreiros!”
Ninguém nos queira mal por estes versos,
Por serem estes temas tão perversos
Que o sentimento afoga o nosso intento.
Não é o nosso intuito, dedo em riste,
Fazer com que o leitor se torne triste,
Mas que diga ao Senhor: — “Estou atento!”
|
|