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Poesias-->A HORA ABSOLUTA -- 18/08/2000 - 15:46 (TANUSSI CARDOSO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estranhos

meus mortos abrem as janelas

penetram em meu quarto

e me sufocam.

Insinuantes

me beijam e sangram em mim

alegrias e pecados

acariciando, sem pudor

meus sonhos, minhas partes

e meus ossos.

Meus mortos e seus gemidos

têm rostos, sinais

e olhos que fagulham

calafrios.

Ousados

vêm no breu do sono

e dormem em minha cama

e se debruçam sobre meu corpo

silentes e queridos

e rezam

e choram por mim

como a lua clamando

sua outra metade

como um espelho

colando os próprios vidros.

Meus mortos sem censura

meus delicados mortos

que, à noite, penteiam meus cabelos

e, solidários, preparam o meu jardim.
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