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Poesias-->Sei lá IV -- 11/02/2003 - 19:32 (Giordano Santos de Oliveira Maçaranduba) |
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Domingo, sete horas da tarde, vespertina luz penumbra o sol
Me incorrem erros loucos na cabeça
Pensar é errar
Pô, mas que prazer errante!
Derrepente a noite cai
Esmaga as minhas últimas esperanças
Volto ao livro
Será que Bentinho traiu Capitu?
Ouço Flor da idade. Bravo Chico!
E Capitu? Amo-a como da primeira vez que vi
Seus olhos se cruzarem no infinito
Ah! Eu tava falando de domingo
É mesmo! O que foi feito devera
Sei lá. Um sentimento me invade
Como a chuva invade os corpos
E o vento baila com as roupas no varal
Tenho num instante o sentimento do mundo
Nada mais me importa
Nem mesmo o nada
Tudo me preocupa
Capitu! Ai Capitu! Sonhar é preciso
Dissimular o que deveras sente é mortal
Até porque se não dissimulares o que deveras sente
Tua racionalidade sucumbirá ante sentidos mais poderosos
Tua alma se entregará aos domadores de alma docemente
Teu deus não será mais teu... deus
Pobre de Bentinho que foi traído por si mesmo
E a si mesmo traiu contigo
Quando a alma não doma o corpo
Não se sente e o corpo escraviza a alma
A alma se doa, o corpo aproveita
Quanta loucura
Quantos olhares
Internalizados por uma doce alma
Só me resta desejar que Bentinho se perca
Para que ache Capitu
Porquanto ela fica comigo
Hei de perde-la num justo momento
Valei-me Deus! É melhor terminar por aqui.
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