LEGENDAS |
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Poesias-->Maldade -- 11/02/2003 - 21:09 (Rubens Lunge) |
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Lasca pedaço de tripa,
Fétida como narguilé trepidante
Quando acesa, e como farol
Gira o mundo dos injustos
Gangrena purula, arrotando vermes
Da ferida, que em punhados escorrem
Na gosma engrecida, arrancada
De dentro do ventre, a mordida
Os dedos, encharcados de sangue e ira,
Como tenazes dilaceram a língua amortecida
Destroça, zonzo, todas as imagens da lembrança,
E destoa do futuro (mais um arroto, amargo, mortífero),
Cosendo com o tempo a carne em que cravou as unhas,
E que com os dentes destroçou pele,
Veias, enfim, a vida, e no último gole tomba,
Embevecido, engolindo a derrota e afogando-se na própria maldade
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