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Poesias-->Unos -- 11/02/2003 - 23:14 (Vilas Maia) |
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Saber, com a magia, tentar-te
é levar-te para o sem tempo nem espaço do inconcebível.
Ter-te.
Tacteando-te, às cegas,
as tuas formas de mulher,
nos confins do nirvana
– profana alegoria –
de toda a alegria
de sermos,
na fantasia,
o uno que somos.
Esculpimo-nos,
nesse espaço sem tempo,
como artistas do belo,
corrigindo-nos,
tendo em cada imperfeição
a feição de um ardil,
que nos move,
comove,
envolve,
entorna
numa espiral
ao sublime.
Cume...
No cume a paz...
Ser... com o vento escultor no nosso tronco nú, amortalhado de abraços.
O sal jazendo nos lábios mordiscados...
Os olhos a reluzir o horizonte... enquanto a realidade corria como bisonte!
Mas lá, no incomensurável,
após o demorado e terno abraço, duas pérolas redesenham cada um dos nossos rostos, deixando um rasto brilhante...
cintilando o já ter sido cá.
Os troncos a separem-se.
Os dedos ainda se tocarem.
Os olhos ainda se olharem... vivendo-se lá.
As bocas, ainda entreabertas, sequiosas.
O sentimento, esse, é indelével, aparando a queda para o real.
No fundo do vale, perguntei-te:
– Por onde percorres o tempo?
Sorriste,
viraste-me a cara,
rumaste ao desconhecido,
saltando flores pelo horizonte,
mais criança, por demais alada.
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