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Poesias-->Sem ser fui -- 11/02/2003 - 23:18 (Vilas Maia) |
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Sem ser fui, para ti, um ainda por desabrochar.
Sem saber ser fui, para ti, um deslumbrado.
Sem freio de ser sou, para ti, um deslumbre
de lustre e cetim,
como adorno do duende que traz o sono.
Sentada,
de perna cruzada,
vagueias o teu olhar
só
pela sala,
recordando realidades emolduradas,
confinadas,
em Espaços e instantes,
ternos momentos
do antes e depois,
da grafia...
da foto.
Pelo relógio pendular,
passas pelo tempo o olhar,
contemplando,
a finitude do tempo face à intensidade do instante.
Tudo tão breve.
Tudo tão trevo.
Tudo tão verde.
Tudo tão terno.
Tudo tão crer ser.
Tudo tão criança.
Esperança.
Lembrança de querer ser criança.
Mas eis,
que no fundo da tábua redonda,
num recanto da sala,
reluz o abajour que me ilumina
a anima de já ter sido.
Ternamente,
com ardis de feiticeira,
caminhaste por entre espaços,
com tempo
partido
parido
parado,
voltando-te para mim.
"Tanto tempo",
adornaste-me o carinho do pensamento,
e com o vento,
caí...
parti...
levando voando,
comigo,
o alento de crer Ser contigo.
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