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Poesias-->Migração -- 12/02/2003 - 19:40 (Cristina Pires) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Migração



Cristina Pires - 02/03



Reencarno nas asas de uma gaivota,

Quando no cerúleo do mar, perco a rota,

Que o farol iluminou, a meia candeia.



Pedi-lhe para voar, cega e sem destino,

Pois o voo do apego é puro desatino,

Vai gaivota, segue a linha do Equador.



Atravessa as tempestades do Inverno,

Leva-me a alma, tira-a deste inferno,

No bater das asas, farei a minha cama.



Vai !! Não voltes atrás. Ninguém te chama.

Voa alto e longe, como uma ave migratória,

E leva nessa viagem, a minha história.



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