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Poesias-->NÃO HÁ NADA AQUI -- 14/02/2003 - 18:14 (BRUNO CALIL FONSECA) |
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NÃO HÁ NADA AQUI
Não há nada aqui,
As cadeiras estão vazias e a mesa suja com a poeira
Da terra que ninguém cultivou.
Não há nada aqui,
As flores estão morrendo, as palmeiras estão amareladas,
Pela ferrugem do tempo, as pessoas estão esquecidas,
Deixaram de acreditar no amanhã,
O vento que cantou um dia, hoje está gemendo,
Não há nada aqui,
Os sonhos que eram sonhados, hoje são pesadelos, pessoas vivem como
Ratos de laboratório criados por cientistas loucos e
Cheios de formalismo.
Não há nada aqui.
Os livros dos grandes pensadores estão cobertos de cinzas
Dos cigarros que fumamos,
Pessoas esqueceram que tiveram um passado de glória,
E se preocupam em formar soldados para um futuro de
Guerra e destruição.
Crianças que antes brincavam, hoje são escravos do trabalho
E dependentes...
Não há nada aqui,
Nossa comida está no lixo e o lixo está em nossa mesa.
Pessoas aplaudem a fome e vaiam compartilhar...
Pessoas vivem como dinossauros, os maiores dominam os menores
Todos sabem, muitos vedam os olhos e se passam por cegos.
Não há nada aqui,
Apenas palavras que todos conhecem e muitos têm medo
De repetir, por tudo isso não há nada aqui...
Luciqueine M. dos Reis - 15.10.00
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