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Poesias-->Reencontro -- 17/02/2003 - 00:54 (Vilas Maia) |
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Reencontro.
Reencontro-te como combinado...
mistura de sons e sensações.
Prazeres
ardores mútuos,
permanecem como tela
de uma pintura a óleo,
que nunca se cansa de não secar...
sempre pronta a moldar-se,
por si
para si, em evolução.
Para mim, contemplação.
Tu.
Musa dos Mais.
Tusa dos demais.
De olhos in vitro espelhas a mais límpida das noites.
Nítida noite. Fria para os demais...
"–Que me queres?"
"–Quero-te!"
"– ... eu também!"
Recorremos, ali, à memória,
que pode perdoar, mas nunca esquecer,
toldando-nos de festas,
frestas de feliz ser,
lembrando-nos,
em uníssono,
o ser uno que fomos por breves instantes.
O rodopio. As investidas suspensas... as contradanças cantadas.
À memória do limbo vivido junta-se a vivência do agora.
O silêncio instala-se, sabiamente.
Por Luz difusa
nossos destinos entrelaçam-se,
saborosamente,
agora.
Demoramos os nossos passos.
Como quem brinca
com o tempo e espaço,
bradamos ao vento
uma máquina do tempo,
por forma a devorarmo-nos
com mais alento,
nos meandros dos faunos que fomos.
"– Somos hoje, o que interrompemos ontem..."
"– Somos já, se quiseres no amanhã..."
A realidade caiu sobre nós.
O tempo, como copo entornado num canto da vida.
" – Apaguemos a ausência! Vivamos a existência!"
Decantado o mote,
desenlaçamos o passado ausente
como presente maldito,
delegando na lua
a tecelagem,
a prata,
dos uivos de sermos unos de novo.
"– O futuro a lua tece, enaltece, permanece, logo é imortal!"
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