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Poesias-->Pão e Circo -- 18/02/2003 - 17:42 (Fabricio Alves Reis) |
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Pão e circo! Pão e circo!
(Morte te move e te morde.)
Pão e circo! Pão e circo!
Pão e circo, a comida a caninos algozes.
Pão e circo, a futura balada já encara nem pára.
Pão e circo, a corrida de hinos e vozes.
Pão e circo, a ternura mascada mascara essas caras.
Pão e circo, os anéis que trocaram nos dedos e altares.
Pão e circo, a certeza da fidelidade na vida.
Pão e circo, ó viés que largaram pra cedo me achares!
Pão e circo, a coesa verdade, alarde, exibida.
Pão e circo à cabeça maldita que pensa a justiça.
Pão e circo, a revolta cercada de chefes horrendos.
Pão e circo, o dilema que antes o louco cobiça.
Pão e circo, o fim, desespero de quem ‘stá morrendo.
Pão e circo, a continuidade do santo no espaço.
Pão e circo, aceitar essa fuga, vingança que inundo.
Pão e circo, dizer toda sorte que à vida eu faço.
Pão e circo, comer qualquer morte sem vencer o mundo.
Pão e circo, o desejo, a pintura, o motel, circo armado.
Pão e circo, o pecado, a pureza, o crime, oração, tudo à frente.
Pão e circo que ensejo em costura do fel derramado.
Pão e circo marcados na mesa, na agenda do sempre.
Pão e circo! Pão e circo!
(Morte te move e te morde.)
Sem saída! Sem saída!
REIS, Fabrício Alves.
Poesia concluída em 25/10/00 e publicada no jornal dos estudantes da UEFS “Ousar-CIS”, ano 1, nº 1 – 2001, p. 8.
© Direitos autorais registrados para Fabricio Alves Reis.
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