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Poesias-->Brasília-Teimosa -- 19/02/2003 - 12:25 (Paulo Milhomens) |
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Quando uma simples
visão de ótica puramente
humana descer
as paisagens daquele lugar
( onde? )
Eu estarei vendo meus
próprios olhos como nunca
vi.
Quando um espelho
está quebrado - eu quebrei
o meu - os estilhaços refletem
o deseqüilíbrio do mundo.
E toda a mentira se desfaz
como a pureza de sua composição
inicial: areia.
Permeável como só ela
sabe ser... esvoaça no
vendaval das dunas, mas
volta a seu foco.
Não será o foco inútil
de um Deus falso que finge
olhar a construção
na beira-mar ?
Imagino um entidade viril,
mas humilde. Os cacos
demoram para se decompor.
Mas as casas de Brasília-Teimosa
não. Lá, o verde do mar ilustra
a rica pobreza dos homens.
Homens de caráter numa terra
tão suja.
O lindo e precioso
filme da vasta miséria
humana, é assistido nos
versos da hipocrisia cinematográfica
da realidade.
Eis tudo.
Logo a sessão irá terminar.
E você? Não irá chorar?
Neste caso, não temos nada a dizer. |
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