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Poesias-->Traumas -- 20/02/2003 - 21:03 (Luis da Silva Araujo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
 .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .; Livro: VERTIGEM




 .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .;  .; Traumas




Sou forte - dizia o vento

ao rijo d árvore galho

que exposto ao dócil relento

sorvia de doce orvalho.;

sou forte, escuta o meu brado,

olha a campina que deita,

veja a desordem no prado

que a minha força sujeita.



Veja a desordem que faço,

a miséria que eu (es)palho

na força vil do trabalho

que trago acerbo do espaço.;

as bases fortes que abalo,

os que destruo pomares,

os troncos que como talos

eu tombo como vulgares...



O galho, sério, responde:

sei que és forte tal trovão.;

o ser, de medo, se esconde

de ti (em) cova no chão.;

mas sei também que tu passas

- passageiro sicofanta -

e após as tuas fumaças

de novo tudo levanta!...



CPE-MS, 22.02.85

22:02









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