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Poesias-->É DOCE MORRER NO MAR -- 20/02/2003 - 21:34 (ZZZ) |
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a saudade de casa incomoda tanto essa alma
e as lágrimas descem lentas
é um dolorido incolor
uma vontade de plainar
nesse infinito mar
minha alma quer libertar de todas as amarras
desse tempo que é tempo carrasco
dolorido, sofrido nesse mundano tao vil
tão ferino e que me custa o adaptar.
só sei que é doce morrer no mar
e deixar que toda essa carcaça siga sem rumo e destino
apenas flutuando mar adentro
e sentindo-se liberta de tudo
do humano, do mundano, do estar nessa terra
que para mim não é fácil em certos momentos.
e ninguém entende.
é uma solidão tão imensa e pertubante
que incomoda profundmente,
mas não é esse sentir-se só.
são sensações inexplicáveis
e nesse mundo não tenho e nem teria palavras para definir
as sensações desses momentos vivenciados
nessa carçaca humana onde me alojo e vivo o
estar presente nessa terra tão estranha.
e tão diferente de tudo já vivenciado.
nada falar, nada sentir
palavras jogadas ao vento
lágrimas que descem lentas e quentes
e uma vontade louca de voar
e ir ao encontro de mim
em outras dimensões.
Mas os elos ainda não podem ser libertos
aqui tenho que prosseguir minha caminhada
até chegar o momento certo onde poderei dizer
eis a hora chegada
e deitar no mar, adormecer e deixar que minha alma
siga em paz o seu caminho rumo a sua casa
como uma águia rapína e ligeira.
Momentos...
apenas momentos
e nada além de momentos vivenciados
nessa vacuidade de mim
do tempo sem tempo
e querendo nada ser
apenas deitar e adormecer nesse doce mar.
31.01.2003
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