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Poesias-->COVA -- 20/02/2003 - 21:34 (ZZZ) |
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Esta cova em que me encontrava não era a minha.
Vivia uma vida que não era digna de ser vivida.
Era uma cova grande para um amor esquecido.
A terra era dada, mas o amor era regrado.
A terra era minha, mas eu não a possuía.
Eu era só e nada tinha.
Meu chão era pisado por pés estranhos
E o meu caminho eu não caminhava.
O meu caminho era de outros e eu não sabia.
Meu amor era pedra que não construía.
Minha mão era arma que matava.
Minha ternura era lama que sangrava.
E minha cova era grande, mas não era minha.
Meus dias eram impensados
sofridos e amargurados
nesse tempo de nada ser
nada viver e
nada sentir
apenas uma cova funda
em que me afundava a cada instante
e deitada meu dorso doia
minha alma angustiava
em delirios e
dores incontidas,
mas o espirito fluia como a dizer que dali
em frente eu crescia...
renascia.
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