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Poesias-->Beati qui lugent, quoniam ipsi consolabuntur -- 21/02/2003 - 15:06 (Second Dupret) |
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Periódico tempo,
passando com tais fluxos,
que ardem na memória triste
de todos os séculos.
Sutilezas sentidas
nos mais tristes recantos,
abarcando os sentimentos longínquos
das mentes do apocalipse.
Harmonizam-se os sons,
e o ritmo ascendente
acelera os pensamentos
para o vazio
de mundos distantes.
Súbita parada,
espelhamento da energia.
Fluidos cristalinos refluem,
e os caminhos se cruzam.
Invariavelmente só!
Confiando em todos,
por cima do planeta mãe,
planeta Terra.
No fim do abismo de tudo,
ninguém poderá afirmar.
Numa espiral vertiginosa
caminha o homem,
por entre flores
dos campos verdejantes,
levando consigo a semente
de sonhos e felicidade.
Segue a ampulheta
como se numa relançada súplica
o tempo parasse e atendesse.
Ninguém fala... ninguém tenta.
Conquistando o esforço
perdido sempre na linha
da sabedoria triste,
que levando-nos
numa velocidade vertiginosa
atinge o ápice da curva,
quebrando as barreiras do saber.
Ah! humanidade, eleve seu pensamento.
O agudo contrasta com o grave,
e o ritmo lento dos órgãos
traduz uma felicidade incompreensível.
Um grito, grito de súplica,
perdido em uma noite imemorável.
Dia escuro e sombrio.
As batidas aumentarão sempre,
e o tempo em seus períodos
nos levará a uma distinção.
Distinguiremos o astral do real,
e... o Fim.
Quem haverá de entender?
O obscuro e doentio dominam uma época.
Um pai cai, e seus filhos riem da desgraça.
Os tronos de energia
serão liberados,
e tudo estará feito.
Tal qual meteoro errante,
será lançado ao acaso,
e atentará contra muitos.
Sei, fraternidade cósmica,
tudo é bom.
Porém, teremos que saber.
Saber o quanto temos,
o que faremos.
Subitamente numa revolução sideral,
o poderoso corpo do horror cairá,
e será afundado.
No lago dos cisnes,
a felicidade renasce.
Num crescendo estupendo,
e numa sutileza harmônica,
perceptivelmente crescerá.
Trará a alegria
que falta a muitos.
Falará ao coração de todos.
Compassadamente marcará
sua passagem ciclópica
pelos espaços terrestres.
E então, numa explosão,
cairá sobre todos.
Declinará seu ângulo de viagem
por mais de uma vez,
e por mais de uma vez passará.
Sentiremos o farfalhar
de asas amigáveis.
O barulho da máquina
que nos leva será ensurdecedor.
Porém, no auge da batalha,
os corpos se acoplarão nos céus,
nascendo então a nova paz.
Paz celeste e duradoura,
dos avisos cristalinos do Eterno.
Das cataratas de um amor,
que renascendo nas mentes etéreas,
dirá o que sempre fez,
por justo de se escutar.
Sentir-se, ouvir-se.
Calarão por instantes,
e então verão e ouvirão:
‘BEATI QUI LUGENT, QUONIAM IPSI CONSOLABUNTUR”.
©Second Dupret
Pedro Luz Cunha
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