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Poesias-->GREVE GERAL -- 23/02/2003 - 23:04 (JOSE GERALDO MOREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No metropolitano

sou apenas mais um homem arrebatado,

em greve geral e permanente

pela minha liberdade.



Dentro das cavernas

os olhos desmemoriam.

Nas ruas, passeio entre iguais:

(se a mm se parecem todos,

penalizo-me pelo mundo

com tantos trabalhos urgentes

de serem realizados)

companheiros instalam outras greves.

Penso na minha, sem ruídos, sem tréguas,

sem punhos erguidos, sem convergências.

Envergonho-me.



Emito suspiros cosmopolitas

e creio-me homem sem partidos.

Minha pátria é o grave movimento

dos punhos ameaçados. Nao pertenço

a agremiações.



No bojo, sinto-me adoentado.

O esforço para manter os pés em terra

deixou-me prostrado.

Sinto-me gravemente enfermo

e o especialista mora longe,

por demais ocupado com outros pacientes

menos resistentes

que requerem maiores cuidados.



De cabeça erguida, empunhada,

em sinal de minha greve absoluta,

permanente,

atravesso as ruas apinhadas, lentamente,

agradecido aos demais grevistas

por me forçarem à caminhada

quando percebo que sou tao igual

entre iguais que no fundo

sou nada.

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