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Poesias-->MYTHOS -- 25/02/2003 - 00:20 (JOSE GERALDO MOREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MYTHOS



Detenho o tempo em minha têmpora.

O mundo passa diante meus olhos,

penetra em mim através de minhas

retinas fatigadas.

O mundo transformado em efêmeras páginas

de papel barato.

O mundo rasgado

na cesta de lixo.

O planeta amassado

por minhas mãos ansiosas

que buscam, nas folhas soltas,

encontrar paz

calor.



Mas, a máquina monta alfabetos

refaz dialetos

reorganiza códigos diversos

impunemente

de mente impune

homem incrédulo.

Na tipografia

a cultura fria salta, quente

efervescente

encíclica comercial

enciclopédia promocional

no frio universo retilíneo

semfim, semfim, semfim.



A palavrenália-freezer

do ceticismo visual

cultura informal

lapidada e guardada

nas têmporas magnéticas

carregadas de massa bitefálica

computacional, deserta

de paz

calor

Acorda do transe, primitivo

e mergulha na euforia momentânea

do universo dissoluto

onde confundem-se relativos e

absolutos

o homem é anacoluto

mergulhado em antíteses.

Ruem castelos construídos

pela magia oral

pela química sonhatícia tímpano/lingual

erguem-se construções estonteantes

e descobre-se o sentido palavrisional

angustiante

que separa mães e filhos

e os leva para a frente da estante

recepcionar o televisional

visitante.

Cessem, mãos, a textura de mosaicos

escriturais.

Cessem, cabeças, a procura de novas formas diccionais.

É chegado o momento tipográfico

frio individualizado

do homem solitário soletrarizado.







Cessem, mecanógrafos logotipais,

o movimento esquizofrenico de suas extensões.

Lá vem o alfelétrico homem atômico

tecnologizado, chipsficado, equacionado

etérico homem, divindade pastilhada

em óticas fibras, cegas e lógicas.



Reúnam-se, dispersos,

regressem aos lares tribais.

Esqueçam frias palavrenadas tipográficas

retilíneas fonéticas áridas,

reagrupem-se no lar eletrônico

do homem marcônico



e novamente renasçam!

pela quarta vez no útero ocidental.

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