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Poesias-->VÔO NOTURNO -- 25/02/2003 - 00:41 (JOSE GERALDO MOREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
VÔO NOTURNO



Ao deixar-me abater

pela mão inalterável da morte

que a tudo consome

e nada vê)

penderei a cabeça para a esquerda.

Minhas mãos dormirão

sobre a escrivaninha, serenas,

após tanto haverem visto e nada consumido.



As mãos do homem

tentam construir vida

enquanto as outras, as divinas,

acenam morte.



Acabados os discursos

todo retrato será um vôo solitário

sobre o idioma,

dissimilado, é claro, entre o dos pombos.



Telefones não tilintam mais.

Novidade as moças que passam

sob o outono cortante.

Navios forçando partida do cais.



As amarras rangem o esforço

segurando o vento e a liberdade.

A mão abatida sobre a cabeça pendida

acaricia a nuca com toque nervoso.

Depois, após o dever cumprido,

parte em direção ao pier.

Caridosamente, a mão outonal

desencapela a alça, sem olhar.



O barco, gemendo absoluto,

vara as ondas com presteza

gozando cada caturro de liberdade.

O timoneiro sou eu.

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