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Poesias-->CONFECÇÃO -- 25/02/2003 - 00:48 (JOSE GERALDO MOREIRA) |
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CONFECÇÃO
O poeta residente, em sua IBM
Funciona seus versos de rajada.
Um, sorridente, com mãos de leme,
Conduz rimas perfeitas, dicionarizadas.
Outro, com fome, poetiza desgraça.
Outro, infame, imprime seu best-seller
Como se do verbo não fruisse nada:
Poema de versos quaisquer.
Algum, na redoma, codifica liberdades,
Ao carcereiro engana, simulando concordância.
Outr outro, baixando a cabeça, publica enormidade
De verso acéfalo, degustando a circunstância.
O poeta medíocre ufana-se de sua poesia,
O poeta humilde acorda cedo para trabalhar.
A janela do poeta guerreiro não tem gelosia,
Sua mão divide-se entre criar e matar.
O poeta-mor a todos contempla com resignação
Vez por outra asparge alguma inspiração
Sobre o afinco de cada poeta por profissão.
Somente o poeta disciplinado, todo atenção,
Compreende essa autoria a quatro mãos
Concebendo poesia libertação.
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