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Poesias-->Cacos de Vidro -- 26/02/2003 - 09:34 (Cynara Bastos) |
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CACOS DE VIDRO
Ela pulou na piscina de cacos de vidro,
E depois,
Sua vida apresentou
As marcas dos ferimentos.
Ela não acreditou que os cacos eram verdadeiros,
Mas os ferimentos lhe mostraram
Que os cacos eram bem reais.
Nada era falso naquela piscina
Tudo era real
E fazia mal aos que nela se atirassem.
Os passarinhos que a sobrevoavam,
Eram vermelhos.
Os insetos que nela se afogavam,
Eram vermelhos.
E o sangue que dela transbordava era límpido e cristalino
Como a água que se costuma beber.
Ela está ferida
E os ferimentos nunca mais serão apagados,
Porque a humanidade está perdida
E ela está sozinha
Caindo nas profundezas da piscina de cacos de vidro.
CYNARA BASTOS
cycypoesia@yahoo.com.br
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