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Poesias-->Enquanto pedimos a paz... -- 07/03/2003 - 09:36 (Rubens Lunge) |
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Enquanto pedimos a paz, a águia nos persegue.;
Enquanto agitamos bandeiras brancas,
A águia crava seu bico afiado em nosso pescoço.;
Ao rezarmos pelos irmãos que serão mortos no Iraque,
A águia enfia suas unhas e de nossa terra rouba a nossa riqueza.;
E enquanto erguermos apenas dois dedos, a águia nos cercará com suas asas
E destroçará nossas cabeças e os nossos pensamentos.
Ela não quer a paz. Ela não pretende reunir os diferentes,
Porque troante, dita ao mundo de que lado vem o vento.
Elevemos o nosso ódio, e com ele a resistência,
E com ele o combate ao explorador!
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Não mais erga o que sobrou,
Como em Hiroshima e Nagasaki.;
Me deixe dilacerado pelo sopro
Da morte nascida em cogumelos
Potentes e envenenados,
Criados nos jardins da casa branca.;
Não mais cure as feridas
Que permanecem eternas,
Abertas no Vietnã e no Camboja
Martirizados pelos desfolhantes,
Preparados nos jardins da casa branca
Nunca mais erga os embargos,
Porque Cuba é pátria livre,
Porque muçulmano tem Alá e petróleo,
E porque o povo – as crianças também -
Desafia aquele que se quer senhor,
Planejado nos jardins da casa branca
Nunca mais desocupe praias,
Montanhas, planícies, vilarejos
E cidades de El Salvador, Porto Rico,
Nicarágua, Colômbia, Palestina e Iraque,
E outros tantos que são incontáveis,
Porque submetidos ou ao fuzil
Ou ao Fundo Monetário – pobre Brasil! –
Como sempre foi planejado nos jardins da casa branca
Ó, senhor do Universo, usurpador, escravagista,
Nunca mais desocupe praias, montanhas, planícies, vilarejos e cidades.;
Nunca mais permita que ergam os embargos que aos diferentes foram impostos.;
Que nunca mais sejam curadas as feridas eternas dos seus agentes químicos,
E que os destroços provocados pelos seus potentes canhões permaneçam
Para sempre e para todos, e para que possamos nos erguer, vergados pela dor,
E motivados pelo ódio, destroná-lo. |
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