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Poesias-->Luau -- 08/03/2003 - 16:30 (Jardel Ramos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Obteve classificação em Poema Nacional no Concurso Sexto Prêmio Missões

da Igaçaba Produções Culturais de Roque Gonzales-RS



A noite era de rara beleza, mágica.

A lua, no alto, refletia a sua luz prateada

na areia branca da praia, na imensidão do mar, nas ondas mansas.

Ela havia surgido imensa e avermelhada no horizonte,

emergindo do mar, banhando as águas e as nuvens de sangue.

Mas, encontrou a noite calma e suave e se desarmou.

Despiu-se da sua roupa de guerra e vestiu o manto da paz.

Milhões de pontinhos brilhantes enfeitavam o céu, negro, profundo.

Todos fomos nos aproximando uns dos outros e,

em silêncio, olhávamos em volta e para o céu,

extasiados com tamanha beleza.

Aos sons naturais das ondas, do vento,

da areia em movimento,

juntou-se o som de um violão, tímido, indeciso.

A ele juntaram-se as vozes, inicialmente fracas, solitárias.

Alguém sugeriu que se fizesse uma fogueira

e todos corremos alegres a juntar galhos secos, palhas de coqueiros,

o tronco de uma árvore que morreu.

Depois de acesa, a fogueira aqueceu os corpos

e o vinho aqueceu as vozes.

E as cordas do violão se aqueceram

e produziram sons fortes, graves, agudos,

em homenagem à lua.

Mas a lua tinha pressa e não parava de correr,

brincando de se esconder entre as nuvens.

As nossas vozes cansaram

e o violão, quase mudo, pedia pra repousar.

Pouco a pouco, um a um, dois a dois,

fomos nos dispersando,

procurando um abrigo do vento cortante e úmido,

que insistia em nos açoitar.

O sol nos encontrou encolhidos, espalhados, aquecidos, saciados.

E nem nos despedimos da lua...



Jardel Ramos

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