LEGENDAS
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral )
(
! )-
Texto com Comentários
Poesias-->Nossos Silêncios -- 10/03/2003 - 22:47 (Domingos Oliveira Medeiros)
Nossos Silêncios (por Domingos Oliveira Medeiros) O silêncio do início Assim foi considerado Era o primeiro silêncio O silêncio esperado O amor que se previa A paixão que acontecia Eu estava enamorado Quase nada se falava Quase tudo se dizia Entre olhares calados O amor acontecia Eram gestos carinhosos Afagos bem generosos Era tudo que se ouvia E o tempo foi passando Nosso silêncio aumentava Não se ouvia barulho Só o amor escutava Nas mãos entrelaçadas Conversas eram trocadas Na paz que ali reinava Era o silêncio sadio Do desejo e da alegria Dos que se gostam e se amam O silêncio de quem confia O silêncio que se consente O silêncio do amor presente O silêncio que se vivia E assim eram as noites Eternas, silenciosas Juntos ali trocávamos Confidências amorosas Quando ouvimos rumores De mágoas e dissabores E de questões duvidosas Até que veio o silêncio O silêncio inexplicável Sem gestos e sem flores O silêncio injustificável O silêncio doentio O silêncio por um fio O silêncio abominável O silêncio que incomoda O silêncio indiferente O silêncio ensurdecedor Que explode dentro da gente O silêncio quase total Silêncio que não é normal Silêncio que está doente Silêncio de quem ouve mal Silêncio que esconde a verdade Silêncio sem trégua e sem forma E que antecipa a saudade Barulho que se faz presente Em cada gesto indiferente Repleto de falsidade Foram tantos os silêncios Durante a nossa amizade E agora que se despedem Vão deixar muita saudade Sejam silêncios berrantes Sejam silêncios falantes De mentiras e verdades Teve o silêncio do sim Teve o silêncio do não De quem estava afim E silêncio de separação O silêncio pragmático O silêncio enigmático O silêncio do perdão Teve até o mais cruel O silêncio sem retrato O silêncio indiferente O silêncio sem recato O silêncio que entristece O silêncio que arrefece E o que mata no ato Mas de todos os silêncios Um só eu guardo comigo O silêncio do teu corpo O silêncio do abrigo Minha impressão sincera Mesmo de quem já era Do meu amor inimigo PS.: Perdi seu e-mail. Fiquei com o silêncio. Não sei o porquê. De sua ausência. Tomara que tenha acontecido algo de bom para vocÊ. Se puder, escreva pra mim.