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Poesias-->(Imagens 2) Estrada Sinuosa - Quadro Surrealista -- 11/03/2003 - 14:39 (Isabella Lima) |
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Quando tiro férias de mim
Tendo a viajar
Para onde nenhuma agência
Costuma anunciar
Não custa caro
Só um pouco de imaginação
Para entrar no lar das Quimeras
E não se perder no bordão
Lá Vivaldi e Bach se misturam
Numa única melodia
Pinturas e textos não existem
São cenários e poesias
Passo horas, semanas até
Perdida naquele mundo
Não tão vasto quanto o de Raimundo
Onde uma rima seria a solução
Porém minha última visita
Ficou em minha memória
Pela primeira vez me perdi
Naquela terra transitória
Andei sem rumo
Por uma estrada sinuosa
De percurso longo e ardiloso
Durante uma manhã chuvosa
Horas de caminhadas depois
Com a chuva já cessada
Encontro alguém sentado
No meio da estrada
Vou me aproximando devagar
Porém não consigo o alcançar
Ao meu lado
Relógios sem forma nem ponteiros
Começam a passar
Talvez fosse Dali
Com a persistência da memória
Querendo comigo brincar
Vendo meu alvo tão longe
Começo a correr
Porém ele vai se afastando cada vez mais
Mesmo sem se mexer
Depois de certo tempo
Caio no chão fatigada
E quando dou por mim
Já estou acordada
Olhando para os lados
Vejo que estou em minha sala
Porém tomo um susto
Ao abrir a minha mala
Um quadro de uma estrada
Encontro nela guardado
Com relógios voadores
E de costas, um menino nela sentado |
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