Os meus olhos não encontravam descanso à noite daquela madrugada. E a luz do abajú,companheira, manteve-me acordado.
O meu corpo nu vislumbrava a dor, em cárcere de pecado, cuja alma agonizava, envenenada por um certo dissabor das horas.
Não encontrava guarida naquele silêncio, não encontrava a mim mesmo.
Havia uma lacuna vaga no peito que deixava sem saída, qualquer vontade. Como uma punição, via o dia amanhecer em claros e a minha solidão me comer ppor dentro.Me inspirando a inumeras tristezas, empalidecendo o meu sorriso e desvencilhado a minha força.
Senti na veia a vida faltar, pois começei a enxergar que de obra na vida, só o que construí foi um verbo cheio de inverdades e absurdos.
O amor que de minhas aventuras nasceu, me veio mostrar a futilidade das minhas ações.
E agora sob a égide do meu último grito, me permito a rendição, ao arrependimento, para que nem todo o mal inventado, seja de todo o homem que consegui ser.
Se ainda puder ser perdoado,
Se ainda puder ser reinventado,
Me permito tentar o amor, antes que o meu mundo todo seja devastado, com lápide de mal fadado, num verso escuro de viela em vão.