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| LEGENDAS |
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| Poesias-->TER-À-PIA -- 17/03/2003 - 09:36 (Joel Ribeiro do Prado) |
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Despido de porquês, tão-simplesmente
Por um impulso natural que nem se explica,
Abro a torneira lá da pia da cozinha
E lavo os pratos do almoço que passou.
Despido de porquês, tão simplesmente
Por um prazer que é já tão raro hoje em dia,
Lavo também minh’alma nessa pia
E volto a ser o que de fato sou...
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