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Poesias-->Vale quanto Pesa -- 18/03/2003 - 08:18 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O momento...

O momento.

Na semana passada o meu filho passava fome, andava de sandálias e o absinto era o seu odor. Ia pra lá e pra cá de ônibus, festejava o carnaval, ler e escrever sabia mal.

O tempo...

O tempo.

Seu talento soergueu junto a outros de mesmo interesses. A partir daí mudamos para o centro da capital.

Em casa ninguém passa mal... Há comida para todos, há jóias, perfumes caros , adereços, carros e mulheres lindas.

Na semana passada...

Ele apareceu na tv, deu entrevistas e falou de mim e de você.

Tornou-se our door, capa de revistas...

E foi só.

Efemeridade...

Efemeridade.

Quando tudo acomodou.

O tempo passou e a beleza foi esquecida, não havia mais cartazes na avenida e ele voltou a ser um menino da vila, com aquela humildade catequizada, dor calejada e um pouco de paz.

De conquista, a lembrança, e a juventude que o tempo, sempre impiedoso levou.

O povo não lembra, os patrocinadores fazem questão de esquecer.

Ontem...

Ontem morreu sem saber.









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