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Poesias-->AO GOSTO SURREALISTA -- 19/03/2003 - 00:23 (J.Ricardo Vieira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AO GOSTO SURREALISTA



Viver é difícil quando tudo está escondido,

Ou perdido nas fendas da Opressão.

Várias são as maneiras para fingir viver,

E o Tédio ri embriagado,

Na tolice e pusilanimidade humana.



Ao Deus-Onírico peço permissão,

Para escrever em versos e expulsar

Todo sentimento rancoroso,

Deste tempo negro que oprime

E transforma a vida num fardo.



Dos confins da mente, da alma insana

Vem a palavra inconseqüente e incoerente,

Insolência gramatical e iconoclastia verbal,

Não calar é significante em um momento

De palavras que no fundo nada dizem.



Vai cantando o homem de pé na lama,

Vão brincando os engravatados vendados,

Distribuindo moedas aos ianques especuladores.;

Meretrizes dançam para vender suas “xotas”,

É o tempo de glória, alegre e festivo (?).



Disseram que o homem bêbado no Café Poético

Era vulgar e incompetente, nada sabia de versos.

Ele levanta e responde: “Escrevo sob efeito vinoso,

Sou grato a Baco e às musas

Que inspiram meus versos ébrios e furiosos!



A moralista se masturba com culpa,

O pregador sodomiza sua empregada do interior.

Ah Hipocrisia! Seus olhos cintilam com pudor.

O leitor do Evangelho ontem copulou o travesti,

E a madre superior toca toda noite as noviças.



Moral ignara! Cristo foi homem!

‘Blasfemador’ grita o pastor pós-orgasmo,

Herege’ grita o bispo fodendo no altar,

‘Sacrílego’ grita a madre com cheiro vulvar das noviças.

Hipocrisia tu és a mãe do mundo judaico-cristão!”



E o homem bêbado é poeta e observador,

De um mundo em que não há Liberdade.

Os moralistas pregam o que não fazem,

E consideram o ébrio poeta um lunático,

Vulgar e ateu perdido rumo ao inferno.



O bardo embriagado não liga para o final,

Ele vê o tigre que salta sobre a bela nua no vale,

A navalha que corta o olho do cão andaluz,

Os relógios escorrendo como água,

E um grito de gozo neste Teatro da Crueldade.



Ele não quer dominar a Máquina do Mundo,

Apenas viver e amar com a Liberdade,

Idéia própria de um bêbado sonhador,

Que blasfema e quebra altares sem culpa,

Brinca sem medo com as palavras e dedica versos

ao Deus-Onírico.



















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