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Poesias-->ATRAVÉS DA MENINA QUE PASSA (soneto) -- 20/03/2003 - 13:04 (thiago schneider herrera) |
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Esses seus olhos fundos no negro do labirinto místico,
Devora-me e me solta em meios as soturnas estrelas da tarde,
E sua língua me lambe como que num abalo sísmico,
E me tomba na terra fria como navalha que em minha pele arde.
No chão, entregue como alguém que se entrega simplesmente,
Você desce de onde estava, em gélidos azuis espirais,
Ajoelha-se pra mim, beija minha fronte como a um crente,
Nem sente, meu coração que se despega de mim em partes iguais.
Seu sorriso que só é perfeito pelos seus lábios de papoulas,
Onde extraio em beijos drásticos o ópio da paixão pálida,
E que de súbito o ar se torna visível em aromas de aljôfar,
E a vida se faz paciente comigo em eternas noites de “Luas” mágicas,
Ali, em seu corpo puro onde poderei morrer em êxtase profuso,
E dentro de ti, minha amada, poremos uma semente do novo mundo.
Thiago Schneider Herrera |
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