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Poesias-->Um Homem de Sorte -- 21/03/2003 - 10:54 (Jacques Bortolini) |
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Meus olhos embaçados
procuraram nos quatro cantos,
mas estava tudo calado,
sem carros, sem prantos.
A carne emudeceu.
Minha alma curtida,
cem homens viveu,
preparava uma discreta partida.
Os rostos espelhavam
as mil faces de mim,
passado e presente que se misturavam
na lógica dos que vêm ao fim.
Entreguei-me, aliviado,
àquele nada que me era tudo,
embarquei no sono macio, alado,
do meu universo mudo...
Quando já saía pela porta,
milhares de volts me puxaram pela mão,
e acordei com a dor da vida
gritando em meu coração.
Assim fui retornado,
minha essência empurrada garganta abaixo,
para o tédio dos dias, noites abandonado,
nesse quebra-cabeça em que não me encaixo.
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