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Poesias-->Erós Cósmico -- 22/03/2003 - 09:24 (Eloise Petter) |
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Eros esperei dos corpos.
oníricas corporeidades esperei dos astros.
Um planeta em sangue jorrado.
Ecos, gemidos, e um grito de dor invocado.
Línguas enroladas em línguas,
longínquas distâncias cruzadas,
línguas enroladas em línguas
num segundo eterno apertadas.
Bocas que engolem dedos
com a mesma fome que o buraco negro
às estrelas devoram,
mas não contente com este mísero enredo,
engolem a galáxia num beijo.
Oh, grande universo:
erótico e palhaço!
Carne em tudo que vejo:
via láctea, o leite em meus lábios.;
buraco negro, o disfarce do tempo.
Naquela noite em ambos nos encontramos
quando a lua caiu sobre o mar
e um asteróide veio a terra alcançar:
este canto humano demasiado
foi o único legado gozado
que este morto, já sepultado,
retorna agora a cantar:
Não há espírito,
nem céu,
e nem ais,
pois quem ousou Eros Cósmico inventar,
se somos carne, só carne e nada mais?
Menos eu, pobre, podre, caveira fria,
ai de mim!
Não posso mais gozar!
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