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Poesias-->Último Trago -- 25/03/2003 - 21:07 (Carvalho de Azevedo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Sóbria, mostro-te meu exterior

Meu vestido manchado, rasgado

Meu peito arranhado, desnudado

Meu corpo inteiro marcado

Meus seios mordidos, doloridos.



Sóbria, falo-te do meu interior

Da alma inquieta, aflita, abatida

Da esperança mortalmente atingida

Pela dor insondável sofrida

Pela angústia nunca antes vivida

Pela decepção com o amor, com a vida.



Sóbria, ofereço-te o que restou do estrago

Conseqüência do nosso último trago.









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