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| Poesias-->Sob ás Horas -- 26/03/2003 - 13:43 ( Alberto Amoêdo) |
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Não me deixe só,
Não me prive os olhos,
Não me negues a boca, pois essa furia louca, não quer ter controle, não quer se acomodar.
Eu, como você, só tenho essas horas, só tenho essa cama, só tenho esse corpo, so tenho essa fama.
E sem querer, por todo o divino,
Com todo o tino, esse meu amor navegador, quer se entregar, quer encontrar a vida que tu me acostumastes.
Por favor, me escute, não deixe que a noite,
Não deixe que a rua venha te consumir.
Há dissabor quando te tomo,
Há carinho quando te abraço.
E por mais que os meus pés não estejam, sob a paz, caminham àquela luz.
Não me deixe só,
Não me prive os olhos,
Tão pouco me negues a boca, pois que a minha razão não tem cura, além da tua paixão. |
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