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Poesias-->À NOITE NUM BAR... -- 06/09/2000 - 13:36 (Nelson de Medeiros Teixeira) |
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A noite é fria... Lá fora a chuva incessante
me faz lembrar tua presença a todo instante...
O seresteiro, indiferente à minha dor,
ressoa lânguidas notas de saudade e de amor...
São canções dolentes que falam de teus cabelos prateados...
São queixumes que requeimam dentro d!alma em tons magoados,
tudo a me lembrar teu rosto amado, teu corpo esguio...
E vejo-me perdido no teu olhar distante e frio...
Os dedos ágeis do violeiro apaixonado me recordam tuas mãos,
tão quentes,
tão ardentes,
agora... Tão ausentes!
Na febre dos meus desejos,
na dança infernal da insanidade,
me soam acordes de nostalgica saudade...
Onde estás? O que fazes, doce criança,
meu alento... derradeira esperança?
Ah! sorte madrasta... Ah! perverso coração...
Toma tua cruz poeta... Sorve as gotas de tua taça ingrata,
tal qual lá fora a chuva, caindo em prata,
inunda de lágrimas a negra imensidão...
Solta tu!alma Prende tua ternmura!
Solta a chuva de tua amargura...
Nelson de Medeiros Teixeira
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