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Poesias-->À SOMBRA DAS PALMEIRAS -- 01/04/2003 - 09:11 (MARIA HILDA DE J. ALÃO) |
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Desce a noite e no alto está Selene,
Mulher notívaga de brilho perene,
Sorrindo para todos que se amam,
E deusa do amor lhe chamam...
Ficamos juntos a olhá-la, horas inteiras,
Com as mãos unidas... Que horas amorosas,
À sombra das noturnas palmeiras
Do jardim, entre as flores silenciosas!
Nossas almas, mariposas forasteiras,
Engalanadas de perenal luz, tão radiosas,
Voejam felizes sobre as roseiras
Tecendo véus com pétalas de rosas.
Para estendê-los, lentamente, ao chão,
Leito sensual de claridade pura,
Onde deito meu corpo nu com ternura,
Agrilhôo-te sobre mim e gemes de tesão.
Suspiros lascivos invadem o espaço,
Voam para a lua deixando indelével traço
Em nossos corações apaixonados,
Oh doce mãe dos enamorados!...
Oh madona redonda em céu tamanho!
Quem aí, pálida dama, te pôs
Com a face branca como pó de arroz
Musa dos amores de hoje e dos de antanho?
Não vás entre as sombras esconder,
Teu brilho que a tudo renova...
Não te foi dado um tempo para morrer,
Não faças das nuvens a tua cova...
31/03/03.
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