Era a única princesa, de feições tão originais, quanto nuas.
Brincava, ria como menina e só queria encorajar a paz.
Era tão patriota... Cantava o hino e tocava cavaquinho.
No seu começo de luta, foi mártim dessa absurda corvadia nacional.
Essa guerra urbana, que a todos deixa feridas,amordaças e impunidades sociais.
Se não se pode ir, além das grades de nossas casas.;
Se não se pode ir, além dos nossos sonhos.;
Se não se pode ir , além do normal, estamos Presos,
Celados,
Velados,
Enterrados, vivos, em nossos próprios medos.
Se o Estado está calado,
Se ainda, assentado estamos nós.Precisamos escolher... Precisamos mudar, esses atos insanos, pra vivermos mais ou então,nos convencermos de vez que a dor e as lágrimas, são proporcionais ao inferno, que criamos e aceitamos.
Tributo:
Texto referente a menina Gabriela, assassinada no último final de semana, por uma bala perdida na Cidade do Rio de Janeiro(Tijuca).