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Poesias-->Cotovia -- 06/09/2000 - 23:39 (mahello) |
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Onde estava esta noite a cotovia
que embalava meus sonhos,
e me acordava na madrugada,
e seu canto dourava meus dias?
Onde estará a cotovia
cujo canto me me fez sonhar?
Sobre esses sonhos
ergui castelos de nuvens,
adornei estradas e caminhos
com pérolas e diamantes
do mais puro valor.
Este canto da cotovia
penetrou meus sentidos
e me fez crer que a verdade existia.
Onde estará a cotovia,
se não estava no seu ninho,
se não estava no galho mais alto
da mangueira ao lado da janela.
Foi embora a cotovia,
num batmóvel todo preto.
Quem sabe arrumou outro galho,
de outra mangueira,
de outra janela.
Quem sabe se era cotovia
ou um simples pardal,
ou é da natureza das cotovias
cantar pra embalar sonhos,
e depois trocá-los por outros,
novos sonhos, não se importando
se fico esperando seu canto
ao lado da janela
ou se deixo de crer em cotovias...
nov/94 |
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