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Poesias-->Ribeiro das Flores -- 02/04/2003 - 07:44 (Christina Cabral) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Ribeiro das Flores





No fundo do meu quintal,

À sombra de um bambual

De tão saudosa lembrança,

Corria em leito de areias

O córrego das sereias

Do meu tempo de criança.





Das Flores era seu nome.

Flores que o tempo consome

Mas não a minha saudade!

Flores grandes e pequenas,

Balançantes quais falenas,

Bêbadas de claridade!





Ai! Quantas vezes, faceira,

Em singela brincadeira,

Via-me noiva e de véu,

A colhe-las com desvelos

Para enfeitar meus cabelos,

Passando horas ao léu!



E o ribeiro corria

Cheio de luz e alegria

Em sua várzea florida,

Sem saber que em seu afã

Tanto enfeitava a manhã,

A manhã da minha vida!



Ribeiro do meu pomar

Ouço agora teu chorar

Prisioneiro das manilhas!

Onde estão as tuas flores?

Ribeiro dos meus amores,

Meu país das maravilhas?



Sepultaram-te em concreto

E corres sem luz e afeto,

Sem sereias, sem luar!

Da companheira criança

Ficou apenas a lembrança

Esfumando-se no ar...

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