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Poesias-->O fim agora é começo e todos os meios são santos -- 03/04/2003 - 16:06 (Anderson Christofoletti) |
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Este é
O caminho exato do absurdo
Onde me encontro perdido
Entre o que vejo e escuto
E custo em acreditar.
Este cheiro de aurora adiada
Às vezes me incomoda
- Deve ser o brilho
Da rosa orvalhada –
(Nestes dias de natureza humana à flor da pele
Meus olhos ficam um tanto quanto empedernidos).
Abro a janela
E já posso ver a voracidade
De um apocalipse iminente.
Hoje devemos prover razão
A atos inconcebíveis.;
Devemos aguardar a queda
Da flâmula intocável
Sobre a carcaça
Sincretista.
O sol áspero arranha céus azuis
Onde estrelas pintadas
Ofendem o branco
E tarjas de vermelho sangue
Escorrem perdidas em algum ponto de fuga.
A águia tem sede de sangue negro e frio,
Mas a serpente é esguia
E as pombas maculadas pavimentam um chão de espinhos.
A máquina da democracia
- Republicanamente ajustada -
Tritura palavras e culturas
Cuspindo um silêncio aterrador.
Há areia no ar,
Mas todos vêem...
O grito ecoa,
Mas a águia voa alto
Ela tem sede de sangue negro e frio
Feito a noite em que se acoita a serpente isenta de alma.
Hoje devemos prostrarmo-nos
Frente à espada,
Pois nesta nova alvorada
Os arrebóis são infinitos e atemporais
E a noite, sem poesia, diz que viver
É caminhar para a morte:
O fim agora é começo
E todos os meios são santos.
"DUAS ESTRADAS"
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO AUTOR
©Anderson Christofoletti
E-mail para contato : poetadasrosas@ig.com.br |
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